A morte do menino Arthur Davi, de apenas 11 anos, causou comoção nacional nesta semana. O pai da criança, Davi Piazza Pinto, confessou à Polícia Civil ter tirado a vida do próprio filho por asfixia em João Pessoa (PB). Morador de Santa Catarina, ele apresentou-se às autoridades após o crime e relatou que a motivação seria financeira. Em depoimento, afirmou ter cometido o ato “por não conseguir arcar com a pensão alimentícia”, que era de aproximadamente R$ 1,8 mil mensais.
De acordo com o delegado Bruno Germano, o suspeito declarou que decidiu “se livrar da dívida” e viajou à Paraíba já com a intenção de assassinar o filho. Após o homicídio, ele levou o corpo da criança até uma área de mata no bairro Colinas do Sul, onde o enterrou em uma cova rasa. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) confirmou que a causa da morte foi asfixia por sufocação. O corpo foi encontrado dentro de um saco plástico preto, parcialmente coberto por terra, e liberado para sepultamento no último domingo (2).
Detalhes da investigação
As investigações apontam que o pai utilizou motoristas de aplicativo para ir e voltar do local onde ocultou o corpo. Um desses motoristas procurou espontaneamente a polícia após reconhecer o suspeito na televisão. Segundo o delegado Thiago Cavalcanti, responsável pelo caso, “ainda não concluímos as investigações, precisamos obter outras informações para entender toda a dinâmica do crime”.
Antes do assassinato, o pai teria mentido para a mãe da criança, afirmando que Arthur estava bem e que eles viajariam juntos para Florianópolis.
A mãe, Aline Lorena, relatou que o ex-companheiro insistiu em passar um tempo com o filho e que ela preparou tudo para esse encontro. “Tudo foi muito combinado. Eu sentei com ele, expliquei como o Arthur era, comprei o que ele gostava de comer, arrumei a roupinha dele”, disse emocionada. Ela também explicou que se ofereceu para ajudar nos cuidados, já que o menino era autista e tinha deficiência visual.
O sepultamento de Arthur Davi ocorreu na segunda-feira (3), no Cemitério do Cristo Redentor, em João Pessoa, em meio a grande comoção. “O Arthur foi uma criança incrível. A gente batalhou a vida inteira por ele. O que aconteceu só cabe à Justiça agora”, afirmou Aline.
A Polícia Civil continua investigando o caso para esclarecer completamente a motivação e identificar todas as circunstâncias que levaram ao crime.


