Médica nega envolvimento em assassinato de empresário em Sorriso e diz estar sendo alvo de calúnias

Por: Diamantino Alerta - Da Redação

A ginecologista e obstetra Sabrina Iara de Mello se pronunciou publicamente nas redes sociais, nesta quarta-feira (16), para negar qualquer envolvimento no assassinato do empresário Ivan Michel Bonotto, de 35 anos, ocorrido em Sorriso (a 396 km de Cuiabá). O crime teria sido cometido a mando do marido da médica, o empresário Gabriel Tacca, que está preso.

De acordo com a Polícia Civil, Sabrina seria amante da vítima. O crime aconteceu no dia 22 de março, quando Ivan foi atacado com golpes de faca por Danilo Guimarães, dentro de uma distribuidora de bebidas pertencente a Gabriel Tacca.

Segundo as investigações, após a vítima ser levada ao hospital, Sabrina apareceu na unidade de saúde se apresentando como “amiga” de Ivan. Na ocasião, ela teria se apossado do celular dele e apagado mensagens e arquivos que indicavam um possível relacionamento entre os dois. Por esse motivo, a médica é investigada por fraude processual.

Ivan chegou a ficar internado por alguns dias, mas faleceu em 13 de abril após sofrer uma parada cardiorrespiratória.

Apesar da divulgação de imagens que mostram momentos de carinho entre Sabrina e Ivan na garagem da residência dela, a médica negou, em sua postagem, qualquer relação extraconjugal e participação no crime.

“Eu, Sabrina Iara de Mello, ginecologista e obstetra na cidade de Sorriso, manifesto profunda indignação diante das recentes declarações nas mídias sociais de pessoas sem conhecimento do ocorrido, acusando minha pessoa de ter caso extraconjugal, acobertar assassinato de amante e calúnias sobre minha pessoa sem nenhum cunho de verdade, pessoas que ignoram a realidade dos fatos, escolhendo o caminho de misturar minha vida privada com um homicídio ocorrido, não havendo de forma alguma relação entre estes fatos”, escreveu.

Ela também criticou a forma como a opinião pública tem tratado o caso:
“A maioria das pessoas está escolhendo lados. E escolheram o lado errado. Estas pessoas não condenam o assassino confesso, mas fazem alvoroço em devassar minha vida privada. Falam mais de mim do que condenar o assassino”, completou.

Na última terça-feira (15), durante a Operação Inimigo Íntimo, a Polícia Civil apreendeu o celular da médica, conforme decisão judicial. A medida visa identificar possíveis provas adicionais de envolvimento no crime e eventual tentativa de obstrução das investigações.

Na ação, tanto Gabriel Tacca quanto o executor do crime, Danilo Guimarães, foram presos.

Ainda em sua nota, Sabrina ressaltou que está colaborando com as autoridades e que não está presa:
“Sou uma médica. Quando chegou ao hospital, toda a equipe hospitalar deu total apoio à vítima, de forma plural, visando salvar sua vida. Reafirmamos, como mulher e médica, a livre expressão das pessoas, mas com responsabilidade e verdade. Não estou presa. Fui interrogada e posteriormente liberada, sendo investigada por uma suposta fraude processual, investigação esta a qual abrirá espaço para o contraditório e ampla defesa.”

Ela também fez um apelo para que as pessoas não se antecipem em julgamentos:
“Antecipar julgamentos acerca das pessoas é uma fala perigosa. Ela denigre a imagem das pessoas, sufoca a liberdade de expressão, através de tortura psicológica. Humildemente, peço a todas as pessoas que aguardem o resultado das investigações, não proferindo juízo de valor, vale dizer negativo, antecipadamente sobre o ocorrido. Não há absoluto nexo entre o homicídio ocorrido e a conduta em relação à minha vida privada. Apontar o dedo para um lado dos fatos não é neutralidade. É cumplicidade.”

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