Reyvan da Silva Carvalho, de 30 anos, preso nesta sexta-feira (29) como principal suspeito do assassinato de Solange Aparecida Sobrinho, de 52 anos, dentro da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em Cuiabá, é investigado pela Polícia Civil como possível assassino em série.
Exames realizados pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) identificaram o DNA do suspeito em outros três casos de estupro e feminicídio, ocorridos em diferentes anos na capital.
Segundo as investigações, Reyvan agia sozinho, sempre armado com faca, escolhendo vítimas em situação de vulnerabilidade, como mulheres grávidas e indefesas. Ele possui diversas passagens por crimes sexuais desde 2016.
Na delegacia, o suspeito chorou ao ser preso, mas a polícia destacou o seu histórico de frieza e crueldade. O homem foi encontrado dentro do campus da UFMT, onde os investigadores acreditam que ele buscava novas vítimas.
De acordo com a Politec, a análise genética confirmou a ligação de Reyvan com os seguintes crimes:
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O feminicídio e estupro de Marinalva Soraes da Silva, de 39 anos, em 27 de dezembro de 2020, no Bairro Parque Ohara;
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Um estupro em 2021, no Bairro Tijucal;
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Outro estupro em 2022, no Bairro Jardim Leblon.
As primeiras análises em Solange revelaram a presença de DNA masculino sob as unhas da vítima e em uma bituca de cigarro encontrada no local. Câmeras de segurança registraram a mulher caminhando pelo campus em 23 de julho, um dia antes de seu corpo ser encontrado nas dependências da Associação Atlética Master, área desativada da universidade.
Segundo familiares, Solange tinha diagnóstico de esquizofrenia e costumava assistir aulas tanto na UFMT quanto na Univag, em Várzea Grande, embora não fosse aluna regular de nenhuma das instituições.
Um laudo da Politec confirmou que ela foi vítima de violência sexual, além de apresentar marcas de agressão no pescoço. O caso está sob investigação da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).