Uma jovem de 18 anos é o primeiro caso suspeito de intoxicação por metanol registrado em Cuiabá, segundo informações divulgadas pela Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES-MT).
A paciente recebeu alta hospitalar na manhã desta quinta-feira (23), após avaliação oftalmológica e tratamento clínico. O resultado laboratorial que deve confirmar o diagnóstico ainda é aguardado.
Até o momento, não há informações sobre como a jovem teve contato com a substância ou em qual bairro da capital ela mora.
O caso surge poucos dias após a confirmação do primeiro caso de intoxicação por metanol no Estado, envolvendo um homem de 24 anos, morador de Várzea Grande, que apresentou lesão ocular irreversível após ingerir uma bebida alcoólica falsificada.
Segundo a Vigilância Sanitária Municipal, o jovem teve sintomas como visão turva, confusão mental, dor abdominal, sonolência e náuseas. Ele foi atendido na UPA Ipase e depois encaminhado ao Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), onde o diagnóstico foi confirmado pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS-MT).
As autoridades sanitárias buscam identificar a origem da bebida e o local onde ela teria sido produzida de forma irregular.
Risco à saúde pública
O metanol é uma substância química utilizada em produtos industriais, como solventes e combustíveis. Sua ingestão é altamente tóxica e pode causar danos graves à visão e ao sistema nervoso, além de representar risco à vida.
A Agência Nacional do Petróleo (ANP) proíbe o uso de metanol em bebidas e estabelece regras rigorosas para transporte e armazenamento. A Vigilância Sanitária alerta a população para evitar produtos com preço muito abaixo do mercado, sem rótulo ou sem lacre original, pois podem conter substâncias adulteradas.


